sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

ACUSADO DE MATAR COMPANHEIRA COM TACO DE BEISEBOL EM SÃO PAULO É PRESO EM UBAITABA

Willy Gorayeb Liger foi preso na casa de familiares, na Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O homem suspeito de matar uma jovem de 23 anos em um bar na Mooca, Zona Leste de São Paulo, foi preso nesta sexta-feira (23) no município de Ubaitaba, na região sul da Bahia. Willy Gorayeb Liger, de 27 anos, que é gerente do estabelecimento onde o homicídio foi cometido, estava escondido na casa de familiares. Após ser localizado, ele confessou ter assassinado a jovem com um taco de beisebol, segundo informou a Polícia Civil baiana. O suspeito foi apresentado, por volta das 18h, na delegacia de Ilhéus, também na região sul, para onde foi levado após ser preso. Ele estava com um mandado de prisão temporária decretado pela Justiça de São Paulo. De acordo com a polícia, o suspeito disse em depoimento que, antes de matar a jovem Débora Soriano de Melo, consumiu cocaína com a vítima. Ainda segundo o suspeito, os dois começaram uma discussão porque a droga tinha acabado e a moça queria mais.

Débora foi morta em bar de São Paulo (Foto: Divulgação/18ºDP)
DÉBORA FOI MORTA COM A PAULADAS

"Ele relatou que entrou em luta corporal com ela e que a matou utilizando um taco de beisebol", disse ao G1 o delegado Evy Paternostro, titular da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coopin/Ilhéus). De acordo com policiais, a vítima tinha sinais de estupro quando foi localizada, no entanto, segundo o delegado, o suspeito nega que tenha cometido o abuso. "Ele não disse. Afirmou apenas que a matou com o taco", destacou. Foram requisitados exames necroscópico e toxicológico no corpo da jovem. Conforme Paternostro, a prisão do suspeito já foi comunicada à Polícia Civil de São Paulo. "Também já comunicamos à Justiça de São Paulo e estamos aguardando para saber qual será o posicionamento e se ele vai ser transferido para lá", destacou.

Caso
Na noite de 13 de dezembro, Liger foi com dois clientes do bar a uma casa noturna no Centro da Mooca para comemorar o aniversário de um deles. Lá, conheceram Débora Soriano de Melo e uma amiga dela. A vítima, sua amiga e os três homens saíram da boate às 7h e foram até o bar "Sr. Boteco", onde Liger trabalha. Por ser primo do proprietário e morar nos fundos do bar, o suspeito tinha a chave do estabelecimento, conforme a polícia.

Segundo as investigações, os cinco ficaram reunidos no interior do bar, sozinhos, já que as portas estavam fechadas, até as 9h30 do dia 14. Naquela hora, os amigos de Liger e a amiga de Débora foram embora. O homicídio teria ocorrido quando os dois estavam a sós. Débora levou golpes de bastão e não resistiu aos ferimentos. Depois disso, Liger teria telefonado para o primo e contado que matou a jovem. Em seguida, fugiu. O local do crime não possui circuito interno de câmeras.

O primo procurou a Polícia Civil e levou os investigadores do 18º Distrito Policial até o bar. Ao chegarem lá, encontraram o corpo da vítima. Ao lado de Débora, estava uma meia e um tênis do suspeito manchados de sangue. A investigação apurou que Liger já foi condenado por estupro e estava foragido. Débora era feminista e evangélica. Ela deixa dois filhos pequenos. No último domingo (18), grupos feministas protestaram na Avenida Paulista em memória à jovem e pelo fim do assassinato de mulheres.

FONTE: G1

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