A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (29), nove mandados de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e cinco mandados de sequestro de bens na segunda fase da Operação Costa do Cacau, que visa combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Os mandados são cumpridos nas cidades de Itabuna, Ubatã, Camamu, Ubaitaba, Maraú, todos no sul da Bahia, Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, e Campo Largo, no estado do Paraná. Segundo a PF, as ordens de prisão foram expedidas pela 2ª Vara Criminal de Ilhéus e pela Vara Criminal de Ipiaú. A polícia não informa os nomes dos alvos da operação. A ação é feita em conjunto com a Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cacaueira, da Polícia Militar.
De acordo com a PF, as investigações começaram em abril de 2016, com a apreensão de quase 50 kg de cocaína, que eram transportados do estado de Rondônia para a Bahia. Na ocasião, duas pessoas foram presas em flagrante no município de Ubatã. Foi identificado e preso preventivamente o dono da droga e líder da organização criminosa, além de encontrada com ele mais uma pequena quantidade de drogas e armas de fogo. Segundo a polícia, mesmo preso, o líder da organização criminosa continuou a traficar de dentro de um presídio, com auxílio da esposa e do filho, que estavam soltos. Em março de 2017, foram presos mais dois integrantes da quadrilha, quando transportavam 11 kg de cocaína de Goiás para serem entregues em Ubatã, em uma fazenda da família dos traficantes investigados.
A segunda fase da operação tem como objetivo a prisão dos integrantes remanescentes da organização criminosa e a sua descapitalização, com o sequestro e apreensão de valores e bens adquiridos com o comércio ilegal de entorpecentes. Dentre esses bens está uma fazenda de gado, utilizada para lavar o dinheiro de origem ilícita. A PF estima que o patrimônio acumulado pela organização criminosa atinja quase R$ 2 milhões. Cerca de 60 policiais, entre federais e militares, participam da operação nesta quinta-feira. A operação conta ainda com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Secretaria de Agricultura do Estado, para fiscalização e destinação do rebanho apreendido na fazenda dos traficantes. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem ultrapassar os 33 anos de reclusão.
FONTE: G1
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