A violência que atinge motoristas de aplicativos cresce consideravelmente na Bahia. Entre janeiro e agosto deste ano, sete desses profissionais sofreram latrocínios [roubos seguidos de morte]. O número de mortes mais do que triplicou em comparação com o mesmo período do ano passado, quando dois condutores foram assassinados após sofrerem assaltos enquanto estava de serviço.
O reflexo desse cenário é que os profissionais estão aterrorizados em sair para trabalhar sem saber se voltarão para casa. Em apenas quatro dias de agosto, dois motoristas foram mortos enquanto trabalhavam em Salvador e na Região Metropolitana.
De acordo com o levantamento feito pelo Sindicato dos Motoristas por Aplicativo da Bahia (Simactter), os sete latrocínios ocorridos na Bahia nos oito meses do ano foram registrados em Salvador (2), Simões Filho (1), Itapetinga (1), Feira de Santana (2) e Ilhéus (1).
Para o professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Horácio Hastenreiter, os órgãos da segurança pública e das empresas de transporte de aplicativo devem buscar uma solução conjunta. “Por que a gente tem críticas com relação a nossa segurança pública e tantos elogios durante o carnaval baiano? Porque [o carnaval] é um trabalho que é construído por várias mãos, com muito aprendizado e muita interação entre todas as partes interessadas. A segurança pública é, por si só, problema extremamente complexo e que demanda uma interatividade maior entre os atores”, pontua.
FONTE: CORREIO24H
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