PESQUISE NO BLOG

 

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

MÉDICO, ESTUDANTE DE ENGENHARIA E APOSENTADO ESTÃO ENTRE OS 8 PRESOS EM OPERAÇÃO CONTRA PEDOFILIA EM SALVADOR

Parte do material apreendido pela polícia durante operação contra pedofilia, em Salvador (Foto: Maiana Belo/G1 BA)

Um médico residente em pediatra está entre os oito presos em Salvador, durante a operação “Luz na Infância”, de combate à pedofilia, realizada nesta sexta-feira (20) na Bahia, Distrito Federal e outros 23 estados. As informações foram divulgadas durante coletiva da Polícia Civil nesta sexta-feira (20), na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente de Salvador (Derca), na capital baiana. Apreensões também foram feitas nas casas dos presos, e no computador de um deles a polícia encontrou um vídeo que mostrava o abuso sexual de um bebê de seis meses. De acordo com o Ministério da Justiça, 108 pessoas foram presas em flagrante na operação, até as 14h30, no país.

Nas residências dos oito presos foram encontrados computadores, pendrives, CDs, DVDs e diversos equipamentos de armazenamento de dados. Além do médico, um aposentado, um auxiliar administrativo, um estudante de engenharia química, um técnico em informática e outros dois homens cuja profissão não foi revelada também foram presos. De acordo com a polícia, parte deles mora em bairros de classe média de Salvador, como Pituba, Stiep e Chame-Chame. Os homens, com idades entre 30 e 79 anos, não se conheciam e nem possuem antecedentes criminais. Na casa do idoso de 79 anos, a polícia ainda apreendeu munições e uma arma. A polícia informou que também não há registro de abuso sexual por parte dos demais suspeitos. O crime foi de possuir material pornográfico infantil nos computadores. Apenas no computador de um homem foram encontradas imagens em que ele aparece com crianças, mas a polícia investiga a veracidade da foto, pois desconfia de montagem.

Polícia realizou coletiva de imprensa para informar balanço da operação contra pedofilia em Salvador (Foto: Maiana Belo/G1 BA)

Segundo a polícia, os presos usavam programas para compartilhamento do material pornográfico, semelhantes a aplicativos de música e vídeos. "Essas pessoas não utilizam provedores comuns, então há uma dificuldade de detectar esse tipo de crime. O que nós investigamos é o crime de ter, publicar e divulgar [as imagens], mas as prisões em flagrante foram por crime de armazenar o conteúdo pornográfico. Utilizamos nas equipes investigadores que são especialistas em tecnologia da informação, que eles foram orientados a buscarem esses arquivos, então foi prova evidente", explicou a delegada da Derca em Salvador, Ana Críscia de Araújo.

Ainda segundo a polícia, os presos são: David Gomes Passos, 30 anos, e residente de medicina; Cláudio Silva Conceição, auxiliar administrativo, de 46 anos; Thomaz Ferreira Silva Lopes, estudante de engenharia química, 22 anos; Edinilton Dias, aposentado, 67 anos; Roberval Santos Batista, de 41 anos; Gustavo Oliveira Ferreira, técnico de informática, de 33 anos, Jesuíno Marcondes, de 79 anos e Robsonn Cay Rabello, de 66 anos. Apenas um homem que era alvo da operação não foi preso, conforme informou a Polícia Civil. Isso porque não foram conseguidas provas no computador dele. "Essa nona pessoa não estava no local na hora da apreensão, e mesmo assim a máquina dela foi avaliada, o conteúdo foi verificado, mas não quer dizer que seja ela a pessoa, pois outras seis pessoas usavam a internet compartilhada. Então não posso afirmar que era ele que estava compartilhando, mas posso dizer que entre aquelas pessoas que estavam acessando, por aquele número atrelado ao CPF, a gente tem uma pessoa que praticou o crime", explicou Fernanda Porfírio, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), que também integrou as investigações.

Os alvos da operação foram identificados através de um levantamento de informações pela Senasp e a Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil - Adidância da Polícia de Imigração e Alfandega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), iniciado há seis meses. Localmente, a operação começou há cerca de dois meses. Além do Derca e Depom, participam das investigações o Departamento de Inteligência Policial (DIP), a Coordenação de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (CTIT), do Grupo Especial de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos (GME), além da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI/SSP).

FONTE: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário