A greve de parte dos policiais militares na Bahia pode levar seis dias para ser encerrada. Isto porque a proposta amplamente divulgada pelo governo do estado, que não foi aceita pela categoria, ainda não foi formalizada e levada em forma de projeto de lei à Assembleia Legislativa.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, o presidente do Legislativo baiano, Marcelo Nilo (PDT), disse que assim que o projeto chegar, ele vai convocar os deputado estaduais para apreciar, aprovar e devolver ao Poder Executivo para que seja sancionado pelo governo Jaques Wagner (PT).
O retorno das atividades no parlamento está marcado para a quarta-feira (15). Contudo, Nilo ressalta que o presidente da Casa pode antecipar os trabalhos para resolver esta questão emergencial. Declarações atribuídas ao pedetista dão conta de que ao chegar, o projeto levará dois dias, no máximo, para ser aprovado.
Os deputados estaduais estão a postos para votar a matéria. Bastando para isso que ela chegue. No entanto, enquanto governo e comando grevista não chegarem a um acordo, dificilmente o projeto será enviado ao Palácio Luís Eduardo Magalhães.
Ultimato
Em entrevista à Bandnews, o secretário da Casa Civil, Rui Costa deu um ultimato aos policiais grevistas. De acordo com ele, aqueles que não voltarem aos trabalhos até as 12h desta sexta-feira (10) terão o tempo não trabalhado descontado do salário desde o primeiro dia de greve, além de estarem expostos às sanções administrativas.
Costa argumenta que a proposta apresentada é fruto de um esforço máximo do governo estadual não sendo possível flexibilizar mais. Segundo o secretário, a proposta vai custar aos cofres públicos R$ 173 milhões ainda 2012 e em 2015, R$ 490 milhões.
O problema da declaração do secretário é que em caso de não retorno aos trabalhos, outro ponto será acrescentado à pauta dos manifestantes. A anistia administrativa ou disciplinar que estava superada nas negociações, voltam à partir da declaração de Rui Costa a ter de ser discutida.
Outro ponto de entrave na proposta do governo de acordo com uma fonte do Bocão News, que preferiu não ter o nome divulgado, é a desconfiança no cumprimento da proposta. “Em 2009, após o movimento Polícia Legal, o governador prometeu que atenderia as nossas reivindicações, mas depois que voltamos ao trabalho nada foi feito”.
O impasse permanece e nesta sexta há previsão de assembleia dos policias e coletivas do governo.
FONTE: BOCÃO NEWS
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